Quando um verbo possui mais de um particípio, a forma regular é usada na voz ativa com os verbos auxiliares ter e haver, e a forma irregular é usada na voz passiva com os auxiliares ser, estar e ficar.
Os verbos chegar, trazer, empregar e encarregar só possuem as formas regulares: trazido, chegado, empregado e encarregado. Não há os supostos particípios trago, chego, empregue e encarregue, as duas últimas surgiram por influência de entregue.
As formas trazido e chegado só existem no presente do indicativo. As formas empregue e encarregue só existem no presente do subjuntivo, no imperativo afirmativo ou negativo.
Beneficiente não existe na Língua Portuguesa, a forma correta é beneficente, pois a palavra não possui relação com benefício, beneficiar ou beneficiário, e sim deriva do substantivo beneficência, e o superlativo é beneficentíssimo. Ocorre uma falsa associação entre palavras como eficiência / eficiente, deficiência / deficiente, proficiência / proficiente, consciência / consciente, ciência / ciente etc.
No sentido de ser, dizer respeito ou consistir em, o verbo tratar será transitivo indireto, regendo a preposição de, e o pronome se atua como índice de indeterminação do sujeito. Havendo sujeito indeterminado, a concordância verbal é feita na 3ª pessoa do plural. Entretanto, se a indeterminação do sujeito for marcada pelo pronome se, com verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação, o verbo permanece na 3ª pessoa do singular, mesmo que o restante da frase esteja no plural. Com outros sentidos, o verbo tratar admite conjugação no plural, concordando com o sujeito das orações.
Considera-se imitação de construção italiana o uso da preposição em antes de numeral cardinal, após o verbo ser ou estar. Recomenda-se a construção legitimamente portuguesa. Lembre-se da novela 'Éramos Seis'.
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